terça-feira, 21 de setembro de 2010

quem somos?



" Quem somos?
Difícil dizer. É mais fácil de dizer
quem não somos?
Somos seres em constante evolução que
nos adaptamos quase sempre ao meio o qual vivemos.
Somos reflexo do nosso meio? Ou somos
fruto das nossas convicções?
Sendo um ou outro, iremos amar e ser
amado, fazer rir e chorar. Devemos então viver pelo amor? Ou pela razão?
Como podemos dizer quem somos, se na
verdade temos duvidas sobre determinados assuntos, para aonde devemos ir?
As perguntas, duvidas e questões as muitas,
mas cadê as respostas?
Estão em um livro? Nos conselhos de
amigos? quem sabe ate mesmo dos inimigos? Ou devemos colocar no Google e vai
aparecer infinitos links com as respostas.
Ou existe algo maior? que o coração ou
razão que explica nossos dilemas, nossos medos, nossas angustias incertezas.
Acredito no equilíbrio do mundo,
aonde devemos ter uma balança interior... aonde devemos ter nosso lado racional
igual ao lado emocional"


by Tati

terça-feira, 7 de setembro de 2010

crônica do amor



Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são, só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquele petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ele não respondeu você deu flores que ele deixou a seco.
Você gosta de rock e ele de chorinho, você gosta de praia e ele tem alergia a sol, você abomina Natal e ele detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?
Então, que ele tem um jeito de sorrir que a deixa imobilizado, o beijo dele é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ele e ele adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador...
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desses, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.